Trump ameaça barrar novo estádio dos Commanders

Presidente condiciona apoio à volta do nome “Redskins” e reacende debate sobre identidade do time de Washington.

Capacete do Washington Commanders no gramado antes da partida contra o San Francisco 49ers no Levi's Stadium. Crédito: Thearon W. Henderson/Getty Images
Capacete do Washington Commanders no gramado antes da partida contra o San Francisco 49ers no Levi's Stadium. Crédito: Thearon W. Henderson/Getty Images

O presidente Donald Trump ameaçou neste domingo (20) interferir no projeto do novo estádio do Washington Commanders caso a equipe não volte a adotar o nome “Redskins” — abandonado em 2020 por ser considerado ofensivo a povos indígenas. A declaração reacende o debate sobre mudanças culturais recentes no esporte americano.


Trump pressiona por retorno ao antigo nome

Em sua rede social, Trump criticou o nome atual da equipe e disse que ela seria "muito mais valiosa" se retomasse o antigo. Ele ainda ameaçou travar a construção do novo estádio em Washington, atual sede da franquia.

“Talvez eu coloque uma restrição: se eles não mudarem de volta para o nome original ‘Washington Redskins’...não vou fechar nenhum acordo para que construam o estádio na cidade”

Acordo com a prefeitura enfraquece ameaça de Trump

Os Commanders firmaram um acordo com o governo do Distrito de Columbia para erguer um novo estádio no local do antigo RFK Stadium, onde a equipe jogou por mais de 30 anos.

A ameaça de Trump se insere em sua agenda política, que tenta reverter decisões associadas a pautas de diversidade e inclusão, como mudanças em nomes de times e remoção de monumentos.

Apesar do tom da declaração, analistas apontam que o presidente tem pouca margem para interferir no projeto. Desde janeiro, o terreno onde o estádio será construído pertence oficialmente à prefeitura de Washington, após sanção de uma lei assinada pelo ex-presidente Joe Biden.


Mudança de nome veio após anos de críticas

O time de Washington retirou oficialmente o nome “Redskins” em 2020, após décadas de pressão por parte de grupos indígenas e ativistas. O termo era considerado um insulto racial, e pesquisas mostravam que boa parte da comunidade nativa se sentia ofendida.

Em 2022, a equipe adotou oficialmente o nome “Commanders” após dois anos atuando apenas como “Washington Football Team”. O atual proprietário da equipe, Josh Harris, comprou o time em 2023 e já afirmou no passado que voltar ao nome antigo está fora de cogitação.

A equipe ainda não se pronunciou oficialmente após as declarações de Trump.